Quando se fala em postura, a pessoa vai logo aprumando a coluna, composta de 32 vértebras, empilhadas uma em cima da outra, como se fosse um muro de tijolos. Do espaço entre as vértebras saem e entram nervos que comandam a forma como percebemos e movemos o mundo. No lugar da massa de cimento e cal, temos cartilagens, ligamentos e músculos mantendo as vértebras. Mas ao contrário da coluna de tijolo, as vértebras deslizam e giram umas sobre as outras. Em excesso, esses movimentos podem causar várias lesões e dores alucinantes. O ditado de que “água mole em pedra dura tanto bate até que fura” também vale para a postura. O uso diário de uma postura errada (vício) é como o muro que aos poucos vai desabando.
O computador é atualmente um dos campeões na geração de lesões relacionadas à postura. Nas empresas ele é responsável pela metade das faltas no trabalho e, em casa, o problema não é diferente. Síndrome do túnel do carpo, dores gerais nos músculos, fadiga na musculatura dos olhos são alguns desses problemas.
Não se esqueça que nosso corpo é puxado para o centro da terra devido a aceleração gravitacional. A massa da cabeça, pescoço e tronco é sustentada pela coluna. Quanto maior essa massa, maior será a força comprimindo as vértebras. A última é a que mais sofre. Na posição sentada, quanto mais inclinada estiver a coluna em relação às pernas, maior será a torção nas articulações do quadril.
Ao contrário do que é divulgado, a ciência nos ensina que ficar sentado por muito tempo com a coluna reta (onde as pernas formam um ”L” com a coluna), pode fazer mais mal do que escolher uma posição mais confortável. Uma ligeira inclinação da coluna para trás é melhor para distribuir o peso, evitando a compressão das vértebras e a torção nos quadris.
A cadeira deve ser baixa o suficiente para que os pés possam descansar no chão e a largura do assento, um pouco maior que o tamanho do seu quadril. O teclado precisa ficar em uma inclinação negativa, isto é, abaixo do nível do tampo da escrivaninha. Assim as mãos ficam alinhadas com o antebraço impedindo que o punho fique flexionado. O mouse deve ser colocada ao lado de teclado.
A outra novidade da ciência é que não existe uma distancia padrão para colocar o monitor, ele deve ficar a uma distancia que permita uma leitura fácil. A iluminação também é muito importante, pois se for inadequada produz dor de cabeça, além de forçar os olhos. Uma tela do monitor muito iluminada gera reflexos. O material que está lendo também precisa de iluminação adequada. Luminárias ajustáveis são recomendadas para que você possa fazer estes ajustes.
Movimento e exercícios é o santo remédio para evitar essas lesões. A escrivaninha ideal deve permitir que você mova e mude de posição frequentemente. Tirar uma folga de 10 a 15 minutos depois de uma ou duas hora de serviço é recomendável. Porém, as pesquisas têm demonstrado que 30 segundos de folga a cada 10 minutos de trabalho produz o mesmo efeito.
Antes que o muro desabe, muito pode ser feito. A educação da boa postura deve começar já na infância, continuar na escola, no trabalho e no laser. O fisioterapeuta é o profissional treinado para ajudá-lo a manter a boa postura.
Prof. Gil Lúcio Almeida
Fisioterapeuta, mestre pela UFSCar, doutor (PhD) e pós-doutor por importantes instituições norte-americanas. Autor do livro O Engraxate que virou PhD.
O computador é atualmente um dos campeões na geração de lesões relacionadas à postura. Nas empresas ele é responsável pela metade das faltas no trabalho e, em casa, o problema não é diferente. Síndrome do túnel do carpo, dores gerais nos músculos, fadiga na musculatura dos olhos são alguns desses problemas.
Não se esqueça que nosso corpo é puxado para o centro da terra devido a aceleração gravitacional. A massa da cabeça, pescoço e tronco é sustentada pela coluna. Quanto maior essa massa, maior será a força comprimindo as vértebras. A última é a que mais sofre. Na posição sentada, quanto mais inclinada estiver a coluna em relação às pernas, maior será a torção nas articulações do quadril.
Ao contrário do que é divulgado, a ciência nos ensina que ficar sentado por muito tempo com a coluna reta (onde as pernas formam um ”L” com a coluna), pode fazer mais mal do que escolher uma posição mais confortável. Uma ligeira inclinação da coluna para trás é melhor para distribuir o peso, evitando a compressão das vértebras e a torção nos quadris.
A cadeira deve ser baixa o suficiente para que os pés possam descansar no chão e a largura do assento, um pouco maior que o tamanho do seu quadril. O teclado precisa ficar em uma inclinação negativa, isto é, abaixo do nível do tampo da escrivaninha. Assim as mãos ficam alinhadas com o antebraço impedindo que o punho fique flexionado. O mouse deve ser colocada ao lado de teclado.
A outra novidade da ciência é que não existe uma distancia padrão para colocar o monitor, ele deve ficar a uma distancia que permita uma leitura fácil. A iluminação também é muito importante, pois se for inadequada produz dor de cabeça, além de forçar os olhos. Uma tela do monitor muito iluminada gera reflexos. O material que está lendo também precisa de iluminação adequada. Luminárias ajustáveis são recomendadas para que você possa fazer estes ajustes.
Movimento e exercícios é o santo remédio para evitar essas lesões. A escrivaninha ideal deve permitir que você mova e mude de posição frequentemente. Tirar uma folga de 10 a 15 minutos depois de uma ou duas hora de serviço é recomendável. Porém, as pesquisas têm demonstrado que 30 segundos de folga a cada 10 minutos de trabalho produz o mesmo efeito.
Antes que o muro desabe, muito pode ser feito. A educação da boa postura deve começar já na infância, continuar na escola, no trabalho e no laser. O fisioterapeuta é o profissional treinado para ajudá-lo a manter a boa postura.
Prof. Gil Lúcio Almeida
Fisioterapeuta, mestre pela UFSCar, doutor (PhD) e pós-doutor por importantes instituições norte-americanas. Autor do livro O Engraxate que virou PhD.
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